TRAGÉDIA
Porto Alegre vive os problemas da maior cheia do Guaíba em sua história
   
Capital do estado teve o centro e vários bairros totalmente alagados

Por VCS Notícias e Assessorias
10/05/2024 18h26

A cidade de Porto Alegre vive os problemas da maior enchente da história do município, superando a enchente de 1941 que foi histórica e invadiu o centro da capital gaúcha.

A capital gaúcha teve diversos bairros afetados pela maior enchente de sua história. Entre eles estão Serraria, Guarujá, Ipanema, Tristeza, Vila Assunção, Cristal, Praia de Belas, Menino Deus, Floresta, Navegantes, Farrapos, Anchieta, São Geraldo e Sarandi, Ciadade Baixa e o Centro Histórico.

Porto Alegre ainda tem vários pontos importantes alagados, como o aeroporto Salgado Filho, os estádios Arena do Grêmio e Beira-Rio, o Jockey Club e o Mercado Público.

Entre os principais problemas estão os prejuízos no comércio que perdeu tonbneladas de mercadorias, nas residências e edifícios que foram alagados, falta de água potável, desligamentode bombas, interrupção no trânsito pelas centenas de ruas invadidas pelas águas sujas provenientes do lago Guaíba, desabastecimento de produtos nos supermercados, mais de 13 mil pessoas instaladas em abrigos provisórios, entre tantos outros.

Na manhã de sexta-feira, 10, a Prefeitura de Porto Alegre registrou 13.175 pessoas em abrigos temporários organizados pelo município e por entidades parceiras. Ao todo, 144 estruturas foram montadas para assistência à população atingida pelas enchentes.

Outro problema que a capital enfrenta são os saques de casas, apartamentos, lojas, oficinas, supermercados e escolas. Também os socorristas e voluntários estão ameaçados por assaltantes que roubam móveis, eletroeletrônicos e móveis dos desabrigados. Foram flagrados estupros dentro dos abrigos coletivos e a Brigada Militar e Polícia Civil teve que atuar nestas questões,com plantão e prisões dos marginais que se aproveitam da catástrofe para causar o mal.

Também as notícias falsas, os trotes e falk news se propagaram nas redes sociais da internet por parte daqueles indivíduos que só pensam em promover a maldade, a mentira e o ódio político contra os atuais administradores do município, estado e país, que estão lutando com seus esforços para minimizar a maior tragédia da história do Rio Grande do Sul.

Medição - Já o nível do Guaíba, às 7h15, estava em 4,75m na régua da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (SEMA) e Agência Nacional de Águas (ANA). Em relação a 24h antes, a queda foi de 28 centímetros.

Água - O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) informa que seguem operando, com capacidade reduzida, quatro das seis Estações de Tratamento de Água (ETAs) da cidade: Belém Novo, Tristeza, Menino Deus e São João. Locais mais afastados da rede podem ter problema de desabastecimento em razão do alto consumo.

Passarela de pedestres da Rodoviária é retirada para criação de corredor humanitário

A Prefeitura de Porto Alegre finalizou, na manhã de sexta-feira, 10, a remoção da passarela de pedestres da Estação Rodoviária, na rua da Conceição. A medida foi necessária para criar o acesso alternativo à Capital pela Castelo Branco e permitir a passagem de caminhões e veículos de ajuda humanitária. A passagem desses veículos já está liberada. Futuramente, uma nova estrutura será construída no local. 

Cheia histórica causa estragos nas escolas da rede municipal

A cheia histórica que atinge Porto Alegre causa graves estragos nas escolas da rede municipal. Praticamente todas as 99 unidades próprias e as 219 parceirizadas foram atingidas.

Ao todo, 14 escolas próprias e 12 parceirizadas estão total ou parcialmente alagadas, com registros de grande perda de infraestrutura, e outras 11 próprias e 53 conveniadas registram danos como destelhamentos parciais e infiltrações. As aulas da rede municipal de ensino foram suspensas, pelo menos, até a próxima sexta-feira, 10.  

“Estamos em contato diariamente com as direções e novas definições serão divulgadas nos próximos dias”, garante o secretário de Educação, José Paulo da Rosa. Quatro escolas próprias de ensino fundamental estão atuando como abrigo emergencial para moradores de áreas atingidas: Aramy Silva, Elyseu Paglioli, Jean Piaget, Grande Oriente do Rio Grande do Sul. Além delas, outras dezenas de unidades escolares atuam no apoio às suas comunidades. 

Nas escolas municipais, além do acolhimento e alimentação, é disponibilizado aos atingidos apoio de uma equipe de mais de 50 psicólogos e assistentes sociais, da Associação Brasileira de Educação, Saúde e Assistência (ABESS), parceirizada da prefeitura, responsável pelo programa Incluir + POA.


   

  

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