TRAGÉDIA |
Mais de 15 mil pessoas já foram levadas a abrigos em Canoas e atingidos chegam a 180 mil moradores |
Prefeitura decreta situação de calamidade pública nível III |
Mais de 15 mil pessoas que residem em Canoas e estavam em áreas atingidas pelas fortes chuvas já foram levadas para um dos 55 abrigos abertos no município.
Ao trabalho intensivo das equipes da Prefeitura e das forças de segurança, uma onda de solidariedade ajuda a retirar de regiões isoladas centenas de famílias.
Mais de mil pessoas trabalham em diversas regiões — como Mathias Velho, Rio Branco, Niterói, Cinco Colônias, Central Park e Fátima, entre outras.
A água avançou sobre 60% do município de Canoas, atingindo toda a parte Oeste da cidade, até a rua Brasil, no Centro. A estimativa é de que mais de 180 mil pessoas tenham sido atingidas no município.
Nos últimos dias, a Prefeitura contabilizou mais de 83,8 mil pedidos de resgate e ajuda, que vêm sendo feitos de forma ininterrupta — inclusive à noite. A Central de Salvamentos da Defesa Civil pode ser acionada pelo WhatsApp (51) 3236-2000.
A Prefeitura também contabiliza mais de 3,6 mil voluntários que atuam em abrigos, ajudando no acolhimento, com o preparo de refeições e organização da estrutura, além de reforçar o transporte e fazendo doações para as famílias que estão desabrigadas ou desalojadas.
Entre os itens com necessidade de reforço de doações estão cobertores, colchões, roupas de cama, itens de higiene e limpeza e alimentos não perecíveis, entre outros. Os donativos podem ser levados à Central de Doações que fica na Cassol, localizada na avenida Farroupilha, 5775, bairro Marechal Rondon.
A Prefeitura também aceita doações de qualquer valor por PIX, cuja chave é o mail sos@canoas.rs.gov.br
Canoas decreta situação de calamidade pública nível III
Com os graves danos causados a toda região Oeste de Canoas, a Prefeitura declarou, na segunda-feira (6), situação de calamidade pública nível III.
O Decreto 176/24 permite, entre outras ações, o saque do FGTS pelos atingidos. A avaliação da Administração Municipal é de que mais de 50% da cidade esteja, parcial ou totalmente, submersa, com mais de 80 mil residências e 180 mil pessoas afetadas.
Entre os prejuízos estão 27 Unidades de Saúde, o Hospital de Pronto Socorro (HPS), três UPAs, quatro Centros de Assistência Psicossocial (CAPS), 23 escolas de Ensino Fundamental e 18 de Educação Infantil, além de um Centro de Atendimento e Educação Inclusiva (CEIA). As demais instituições de ensino servem de abrigo para famílias acolhidas.