A ilha caribenha que compreende os países do Haiti e República Dominicana, sofreu nestes meados de 2021 mais um abalo císmico de aproximadamente 7 pontos na escala, atingindo em especial o Haiti que já conta mais de 2.300 mortos nos escombros dos prédios que ficaram demolidos pelos tremores de terras.

Além dos tremores de terras, o Haiti sofreu também com a passagem do ciclone tropical Grace que também fez centenas de  vítimas, derrubando casas, galpões e demais instalaões.

O Haiti é o país mais pobre das Américas e marcado por grandes tragédias. Nas duas primeiras décadas deste século 21 o Haiti sofreu grandes catástrofes que ceifaram a vida de centenas de milhares de pessoas. O desastre mais mortal dos últimos 20 anos foi o terremoto de janeiro de 2010, que matou mais de 220 mil pessoas. O Haiti passou ainda por três anos de seca relacionada ao El Niño antes de ser atingido, em 4 de outubro de 2016, pelo furacão Matthew, que deixou mais de 500 mortos, na contagem oficial.

Com uma politica dominada por milícias armadas e grandes convulsões sociais, o país vive trocando seus governos de direita com golpes de estado entre si, sendo que neste ano o presidente eleito e que se tornou ditador acabou sendo assassinado em sua própria casa por opositores, causando uma crise política no meio da crise humanitária em que vive o país caribenho.

O Haiti se situa na interseção de duas placas tectônicas, a norte-americana e a caribenha. Sismos ocorrem quando elas se deslocam entre si, criando fricção.

Nos últimos anos o país teve que ter o apoio de forças militares da ONU para manter  paz no territorio em guerra civil, foi quando o Brasil participou com um contingente de soldados que patrulhavam as ruas e estradas do Haiti. Vários países também enviaram soldados e ajudas humanitárias.

O Haiti tem cerca de 9,65 milhões de habitantes, onde 95% são negros, e estão distribuídos em 299,27 hab/km², e renda per capita de US$ 1.300,00 ao ano. O idioma oficial é o francês e o creole (dialeto oriundo da mistura de línguas africanas, francês, inglês e espanhol).

A capital do país é Porto Príncipe (Port-au-Prince), formada pela conurbação de quatro cidades, o arrondissement de Porto Príncipe, e as comunas de Delmas, Pétionville e Carrefour. A metrópole Porto Príncipe é a principal concentração urbana do país, atraindo cerca de sete milhões de habitantes. Outras cidades importantes são Cabo Haitiano (Cap-Haïtien) e Gonaives, ambas ao norte da capital.

A moeda é o Gourde (HTG). O Produto Interno Bruto (PIB) soma US$ 6,558 bilhões, sendo a agropecuária responsável por 28%, a indústria por 20% e o setor se serviços 52%. A economia cresceu cerca de 2,9% em 2009. E segundo dados de 2003, 80% da população vive abaixo da linha de pobreza e mais da metade como indigente.

Na agricultura os principais produtos são café, cana-de-açúcar, manga, milho, sorgo e arroz. A pecuária é incipiente com pequenos rebanhos equinos, bovinos, caprinos e aves. Em 1997 o país pescou 5,6 mil Toneladas de pescado.

A atividade mineradora extrai mármore, argila e calcário sem volume expressivo. A frágil indústria concentra-se nas áreas alimentícia (farinha e açúcar), têxtil, e de cimento. A balança comercial do Haiti é deficitária conforme os dados: exportações de US$ 558,7 milhões e importações de US$ 2,048 bilhões dos principais parceiros comerciais Estados Unidos - 33,11%, República Dominicana - 23,53%, Antilhas Holandesas - 10,75% e República Popular da China - 5,36%.

A história do Haiti tem início na autodeterminação do país em 1 de janeiro de 1804, quando da declaração de sua independência do então Primeiro Império Francês. A história do primeiro país latino-americano independente retrata um caminho instável em sua trajetória política, econômica e social até os dias de hoje. Revoltas, golpes e repressões marcaram o povo haitiano que sobrevive a inúmeras violações dos direitos humanos.