Depois dos episódios gerados pelo leilão do arroz importado, que acabou sendo cancelado pelo governo federal, as partes interessadas resolveram sentar-se à mesa de negociações. E, pelo que parece, a ideia de importar arroz estrangeiro foi desarticulada até o momento.

Em reunião realizada em Brasília (DF), o representante do setor arrozeiro e o governo federal alinharam mecanismos para o abastecimento de arroz no mercado nacional, sem necessitar leilões de importação.

Após a possibilidade de importação do grão, as partes chegaram a um consenso de forma a valorizar o produto nacional e garantir também que o consumidor brasileiro tenha acesso ao cereal.

Conforme o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho, foi alocado com os ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, e do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, além do presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab ), Edegar Pretto, um monitoramento dos preços nas praças brasileiras.

“Também vamos orientar os produtores no sentido de abastecer a indústria e, consequentemente, trazer tranquilidade com a relação aos consumidores, fazendo esse acompanhamento de preços do mercado e também garantir o abastecimento, trazendo uma normalidade ao funcionamento do mercado”, destacou Alexandre Velho.

Para o presidente da Federarroz, esta abertura de diálogo do setor produtivo arrozeiro com o governo federal deu a oportunidade de esclarecer pontos sobre o mercado de arroz. “Também colocamos os grandes riscos que seriam para o setor, se continuaríamos a existir com a ideia de uma grande importação de arroz ou a continuidade dos leilões. Isto poderia trazer uma insegurança ao setor e inclusive uma ameaça ao tamanho da área plantada de arroz para a próxima safra”, observou o líder arrozeiro.

A safra gaúcha de arroz, segundo dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), foi de 7,16 milhões de toneladas. O levantamento da Conab mostra que em todo o país a produção foi de 10,39 milhões de toneladas, com um consumo médio pelo brasileiro nos últimos anos de 10,44 milhões de toneladas.
De acordo com a Federarroz, esta produção somada com o volume já importado pelas empresas privadas, garante a segurança alimentar do consumidor no mercado nacional.

Fonte: Federarroz
Edição: Vladimir Cunha Santos (AgroSul)