PT se posiciona oficialmente contra o aumento do ICMS no Rio Grande do Sul

A bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) realizou uma entrevista coletiva na manhã de terça-feira (23) para oficializar o voto contrário dos deputados estaduais da sigla ao projeto do governador Eduardo Leite de aumentar dos 17% para 19% a alíquota de ICMS no Rio Grande do Sul. 

No entendimento dos parlamentares, o aumento de arrecadação de 2024 em relação ao ano anterior já é suficiente para não reajustar os impostos no estado. A medida proposta por Leite passaria a vigorar em janeiro de 2025.

Numa apresentação para a imprensa na Assembleia Legislativa, os deputados do PT relembraram que nos governos Olívio Dutra e Tarso Genro, o Rio Grande do Sul cresceu acima da média nacional, sem o aumento de ICMS.

Embora parte da bancada do PT tenha se reunido com o governo, o deputado Adão Pretto Filho reiterou que não há justificativa para o reajuste, e relembrou a promessa de campanha de Eduardo Leite:

“Todos nós lembramos de quando Eduardo Leite disse que não aumentaria impostos no Rio Grande do Sul. Nós governamos esse estado com crescimento, desenvolvimento e sem aumento de tributos. Quem paga a conta é a população mais pobre com esses aumentos”, salientou o deputado Adão Pretto.

Na avaliação do líder da bancada, Luiz Fernando Mainardi, o governador tem feito chantagem em propor apenas dois caminhos, ou do aumento de ICMS ou da implementação de decretos retirando isenção de impostos de itens da cesta básica, como pão, leite, arroz, feijão carne e até erva-mate.

“Esse é o reflexo do fracasso do modelo proposto aqui no Rio Grande do Sul, e não é de hoje”, disse Mainardi.

O deputado Zé Nunes reiterou que nenhum governador na história do Rio Grande do Sul teve postura igual à de Eduardo Leite chantageando a sociedade gaúcha.