PAÍS |
Lula anuncia 1 bilhão em empréstimo do BNDES e 600 milhões do FGTS para o RS |
Governo também deve editar medida provisória para abrir crédito extraordinário ao Estado |
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta terça-feira que o governo federal vai liberar, via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o empréstimo de R$ 1 bilhão para as cidades do Rio Grande do Sul que foram atingidas por um ciclone extratropical na semana passada.
Além disso, o presidente afirmou que a gestão petista decidiu disponibilizar o saque de aproximadamente R$ 600 milhões para os 354 mil moradores dos municípios afetados pelas chuvas que têm recursos acumulados no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
O Jornal Valor Econômico apurou que, no caso do empréstimo, o BNDES irá disponibilizar os recursos a juros zero e com dois anos de carência. Já o saque do FGTS, segundo os cálculos internos do governo, terá o valor médio de R$ 1.624, sendo que o montante máximo a ser sacado deve ser de R$ 6.220.
Além disso, nos próximos dias, o Executivo deve editar uma Medida Provisória (MP) para abrir crédito extraordinário para o Estado, sendo que esta verba será constituída, em parte, por recursos novos e recursos remanejados de outras áreas.
No fim de semana, por exemplo, Alckmin já havia anunciado que o governo federal destinaria R$ 740 milhões em recursos para a região.
O anúncio foi feito em vídeo divulgado pela Secretaria de Comunicação Social (Secom), no qual Lula aparece ao lado do vice-presidente Geraldo Alckmin.
"Essas são algumas medidas que vamos tomar agora e certamente vamos continuar acompanhando porque está chovendo lá ainda. O que eu posso garantir ao povo do Rio Grande do Sul, da região prejudicada, é que o governo federal não faltará no atendimento das necessidades do povo, seja ele pequeno e médio empresário ou seja ele morador. Nós vamos cuidar do povo com muito carinho porque o povo não pode sofrer do jeito que está sofrendo", disse o presidente.
Mais cedo, Lula convocou uma reunião interministerial para discutir justamente a tragédia causada pelo ciclone. Apesar disso, o presidente não deve visitar, por enquanto, as cidades atingidas pelo ciclone. O motivo é que Alckmin e alguns ministros da Esplanada já foram ao Rio Grande do Sul há alguns dias, quando Lula estava no exterior por conta de reuniões do G20. Na ocasião da visita, Alckmin estava ocupando o cargo da Presidência de forma temporária.
Renan Truffi e Fabio Murakawa - Jornal Valor Econômico