![]() |
|
Rio Grande do Sul se despediu da cantora Mery Terezinha |
|
Mery foi parceira do ícone da música gaúcha Teixeirinha |

MORREU A ACORDEONISTA E CANTORA MERY TEREZINHA, FAMOSA PARCEIRA DO ÍDOLO TEIXEIRINHA
A música gaúcha está em luto com a notícia da morte de Mary Terezinha Cabral Brum, conhecida como Mary Terezinha (ou Mari Terezinha), aos 79 anos. Natural de Tupanciretã (RS), ela faleceu recentemente, segundo informações recebidas, embora ainda sem confirmação oficial sobre as causas ou detalhes dos atos fúnebres.
Uma carreira marcada pela parceria com Teixeirinha
Mary Terezinha iniciou sua trajetória artística aos 13 anos, quando, em 1961, foi escolhida para acompanhar o cantor e compositor Vítor Mateus Teixeira, o lendário "Teixeirinha" — uma das figuras mais icônicas da música regional gaúcha.
Dessa parceria nasceu uma das duplas mais amadas do Rio Grande do Sul, com 22 anos de parceria artística e amorosa, incluindo dois filhos: Alexandre e Liane.
Juntos conquistaram sucesso nacional e internacional, com destaque para gravações de trovas como “Desafio P’ra Valer” e “Moreninha Linda”, além de músicas que viraram trilhas em seus filmes.
Sucesso no rádio, discos e cinema
A dupla brilhou na música e na tela: participaram de filmes marcantes como "Coração de Luto" (1967) — que teve enorme público na América Latina — e "Motorista sem Limites" (1969), entre outros, totalizando cerca de dez filmes produzidos pela Teixeirinha Produções. Gravaram dezenas de LPs, chegando a um catálogo de cerca de 49 discos inéditos e mais de 1.200 composições.
Pós-parceria e vida a partir da fé
Após o fim da parceria, que teve um capítulo dramático com um bilhete deixado por Mary em 1984, Teixeirinha sofreu um infarto.
Mary seguiu carreira solo, lançou em 1992 o livro "A Gaita Nua" — sua autobiografia — e converteu-se à Igreja do Evangelho Quadrangular em 1997, passando a cantar gospel e a atuar como missionária.
Declínio da dupla e continuidade da carreira
O rompimento com Teixeirinha marcou o declínio da dupla, conforme apontam críticos e historiadores. Ainda assim, Mary continuou gravando CDs nas décadas seguintes, sendo marcante sua transição para repertório religioso.