No dia 19 de abril comemoramos o Dia dos Povos indígenas, um dia para refletirmos.

Onde estão os mais de 600 línguas faladas pelos indígenas quando a chegada dos tiranos, hoje reduzido a pouco mais de 100 línguas?

Onde estão os cerca de 4 milhões de indígenas que a Habitavam o Brasil antes da chagada dos tiranos. Hoje reduzido a pouco mais de 800 mil indígenas de acordo com o último senso de 2022.

Diz a Wikipedia: 

 “O genocídio dos povos indígenas no Brasil teve início com a colonização portuguesa das Américas.”

Quantos indígenas faram cortados ao meio no chamado Massacre do Paralelo 11 que ocorreu em novembro de 1963 no Mato Grosso?

Quantos foram queimados em nome da Santa Inquisição?

Cerca de 80 povos indígenas foram exterminados no Brasil

Onde estão, os Cariri, Caratiú, Icó, Panati, Charrua, Omágua, os Carijós que habitavam de São Paulo a Patagônia.

Nas Cartas em Tupi Guarani antigo traduzidas, diz uma das frases:

“Por que faço guerra com gente de nosso sangue, se vocês são os verdadeiros habitantes desta terra? Será que falta compaixão para com nossa gente?”, pergunta o líder indígena Felipe Camarão ao cacique Pedro Poti, em um dos textos. Agosto de 1645

“Não pensem que se poupa a vida dos potiguaras, da gente nossa, por esses terem sido feitos chefes. Não pensem que os holandeses livram vocês de nós. Somente a vida deles é poupada”, diz Felipe Camarão, em carta escrita para o líder indígena Pedro Poti.”

E hoje quantos ignoramos, não estendemos a mão.

Essa é a reflexão:

Deixo a fala desse Grande Indigenista, antropólogo, que tenho sempre o prazer e a honra de exaltá-lo. Disse Darcy Ribeiro:

“O que (a civilização ocidental) oferece aos índios não são propriamente as conquistas técnicas e humanísticas de que se orgulha, mas a versão degradada destas, de que são herdeiros os proletariados externos do seu centro de poder.”

 “A civilização que se apresenta ao índio é a que configurou os brasileiros como um povo que não existe para si, mas para servir à prosperidade de minorias locais e de núcleos longínquos, ao custo de seu próprio desgaste” 

Darcy Ribeiro